A produção de veículos recuou 23,7% em março, na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Automóveis, a ANFAVEA. No 1º trimestre do ano, o tombo foi ainda maior, chegando a 27,8%. Com estes dados, o setor volta aos níveis de produção de 13 anos atrás. Parte da forte e contínua queda da produção no setor está ligada aos altos níveis de estoque ainda mantidos nas fábricas e nas concessionárias, que se situa em 46 dias no total. Os ajustes da produção a um menor nível de demanda na economia ainda continuarão neste ano, o que implicará em mais rodadas de queda no quadro de funcionários do setor, que, até março, já perdeu 8,8% do contingente contabilizado em 2015.

O relatório Focus de mercado, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostrou nova queda das expectativas de inflação para 2016, de 7,31% para 7,28%, a quarta consecutiva. Para 2017, as expectativas estão congeladas em 6,0% há oito semanas. Paralelamente, a mediana das projeções para o crescimento do PIB caiu de -3,66% para -3,73%, acompanhando uma revisão forte, para baixo, das expectativas ligadas ao crescimento industrial, que cedeu de -4,4% para -5,8%. Para 2017 também revisão para baixo do crescimento econômico, de 0,35% para 0,30%.

O índice de confiança da indústria de transformação (ICI), calculado pela FGV, sofreu leve elevação em março, de 74,7 para 75,1 pontos, na série livre de influências sazonais. Na média móvel trimetral, o índice mostra estabilidade, apesar de se situar em um dos patamares mais baixos da série histórica. O subindicador responsável pela melhora da confiança foi o relacionado à situação atual, que se elevou de 77,1 para 78,6 pontos, refletindo o alivio dos empresários industriais frente ao ajuste dos estoques. A proporção de empresas que com estoques excessivos diminuiu de 17,7% para 17,0%. No entanto, estes ganhos foram parcialmente compensados pelas baixas expectativas relacionadas à produção física nos próximos meses.

O Banco Central divulgou nesta quarta-feira (30) um déficit primário do setor público consolidado de R$ 23 bilhões em fevereiro, aprofundando a tendência de deterioração fiscal do país. Em 12 meses, o déficit primário já chega a R$ 125,1 bilhões ou 2,1% do PIB, resultado distante da meta oficial estipulada pelo governo, de 0,5% do PIB. O déficit nominal, que adiciona ao resultado primário o pagamento dos juros da dívida pública, alcançou 10,7% do PIB, número ligeiramente menor quando comparado aos dados de janeiro, em virtude dos resultados relativamente positivos das operações de swap cambial realizadas pelo Banco Central, que contribuíram para a redução dos juros nominais pagos, e ao menor número de dias úteis no mês.

Após dois meses consecutivos de melhora, o índice de confiança do consumidor da FGV mostrou nova retração em março, chegando a 67,1 pontos. Na série com ajuste sazonal, o indicador chegou a 66,3 pontos, queda de 1,4 pontos em relação a fevereiro. Dentro da composição do indicador, o índice que mais influenciou no resultado foi aquele relacionado às expectativas atuais das famílias, que viram sua renda real diminuir rapidamente nos últimos meses. Esse subindicador registrou uma queda de 2,8 pontos em relação a fevereiro. Quando analisada a média móvel trimestral do indicador fechado, é possível observar que a melhora dos últimos meses ainda se sustenta. No entanto, sob um ambiente macroeconômico de incertezas, aumento do desemprego e queda da massa real de renda, aind

Pela terceira semana consecutiva, a mediana das projeções de inflação para o fim deste ano caiu, de acordo com o relatório Focus de mercado. No caso do IPCA, as estimativas saíram de 7,43% e chegaram a 7,31%, ao passo que, no do IGP-M, as projeções pularam de 7,73% para 7,68%. Esse movimento, que começa a se consolidar, reflete o comportamento da inflação nos últimos meses, que tem desacelerado, principalmente, por conta do arrefecimento dos preços dos alimentos e da energia elétrica residencial. Em relação a 2017, as projeções para o IPCA permaneceram constantes, em 6,0%. Paralelamente, a estimativa para a variação do PIB caiu para 3,66%, enquanto que, para 2017, para apenas 0,44%.

A prévia da inflação de março, o IPCA-15, divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE, mostrou forte desaceleração na margem, de 1,42% para 0,43%. No acumulado em 12 meses, também houve desaceleração o indicador, de 10,84% para 9,95%. Os grupos de maior relevância no índice registraram forte desaceleração no mês, como foram os casos de : alimentação e bebidas (1,92% para 0,77%); habitação (0,40% para -0,52%) e transportes (1,65% para 0,45%). O item com maior impacto positivo para a variação do indicador no mês foi a energia elétrica residencial, que variou -2,87% e exerceu influência de -0,11 p.p. sobre a variação total do índice.

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de fevereiro mostrou elevação na taxa média de desocupação nacional, para 8,2%. A taxa registrada em janeiro deste ano foi de 7,6%, 0,6 p.p. menor. No conjunto das seis regiões metropolitanas analisadas pela pesquisa, houve aumento da população desocupada em 136 mil pessoas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o aumento na taxa de desocupação foi ainda mais acentuada e atingiu 2,4 p.p. Simultaneamente, houve perda do rendimento real habitual de 1,5% na comparação com janeiro e de 7,5% na comparação com fevereiro de 2015. Vale lembrar que este é o último dado divulgado pela PME, pesquisa que tem sido gradualmente substituída pela Pnad Contínua como fonte de informação relevante sobre o mercado de trabalho.

O principal dado de atividade econômica na zona do Euro, o PMI, divulgado nesta terça-feira pela Markit, mostrou recuperação em março, alcançando os 53,7 pontos. Essa foi a primeira alta em dois meses, lembrando que números acima de 50 pontos já refletem expansão da economia. O setor de serviços foi o responsável por puxar os resultados no mês, enquanto o setor industrial cresce apenas timidamente. A despeito da melhora na margem, a média do indicador no 1º trimestre foi a mais baixa em um ano, o que ainda lança dúvidas sobre a qualidade e sustentação da recuperação vista em março. À luz deste tipo de indicador, o Banco Central Europeu (BCE) poderá adotar novas medidas de estímulo à região de moeda comum, a fim de sustentar ou mesmo elevar o nível de demanda no b

O relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, mostra pela segunda semana consecutiva uma queda generalizada das expectativas de inflação para 2016. Duas das mais importantes, aquelas relacionadas à variação do IPCA e do IGP-DI, recuaram, respectivamente, de 7,46% para 7,43% e 7,60% para 7,49%. Os últimos dados mostraram ao mercado que haverá alguma trégua na escalada inflacionária nos próximos meses, em particular no que tange aos índices de preço ao consumidor. Para 2017, as expectativas de variação do IPCA mantiveram-se constante em 6,0%. No entanto, quando o assunto é o crescimento da economia, a situação apenas piora. O mercado estima que o

    

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