O IBC-Br, indicador do Banco Central que funciona como uma proxy para o PIB, mostrou em abril uma desaceleração na queda do nível de atividade econômica do país. Quando comparado a uma queda de 6,3% registrada em março, com relação ao mesmo período do ano anterior, o indicador recuou para -4,98% em abril. Na comparação com o mês anterior, os dados dessazonalizados indicaram que houve até uma variação positiva, de 0,07%. Já o crescimento acumulado em 12 meses continuou a deteriorar, chegando a -5,3%. A projeção da MB Associados para a variação do PIB neste ano é de -3,3%.

A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) mostrou queda de 6,7% do varejo restrito em abril na comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto o varejo ampliado registrou queda de 9,1%. Ambos os valores aceleraram na comparação com o mês anterior. No acumulado em 12 meses, as variações foram, respectivamente, de -6,1% e -9,7%. Em abril, as maiores quedas interanuais aconteceram nas atividades ligadas a livros, jornais, revistas e papelaria (-18,7%); móveis (-14,6%); equipamentos e materiais para escritório (-14,6%) e; veículos e motos, partes e peças (-13,8%).

O relatório Focus de mercado, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (13), mostrou uma continuada recuperação das expectativas ligadas ao crescimento da economia em 2016, de -3,71% para -3,6%, e uma melhora das projeções para 2017, cuja mediana já chega a 1,0%. Enquanto isso, no entanto, o mercado está sistematicamente apostando em uma inflação mais elevada para o ano. As projeções pularam de 7,0% há um mês para 7,19%. De toda forma, o consenso sobre a trajetória de desaceleração da inflação, que em 12 meses está em 9,32%, é claro. Para 2017, o mercado acredita na continuidade desta trajetória e estima uma inflação de 5,5%, assim como uma Selic mais baixa, de 11,25% para o período.

A primeira prévia de junho do IGP-M, divulgada nesta quinta-feira pela FGV, variou 1,12%, acelerando em relação à última leitura. Dos índices que o compõem o IGP-M, aquele que registrou a variação mais intensa foi Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com alta de 1,55%. O grupo que mais pressionou o subíndice foi o de matérias primas brutas, com alta de 3,21%, influenciado diretamente pelo comportamento de itens como soja (8,77%) e milho (6,05%). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por sua vez, variou 0,35%, desacelerando em relação ao mês anterior, quando registrou alta de 0,58%. O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) variou apenas 0,08% no mês.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,78% em maio, de acordo com o IBGE. Esta é a variação de maior magnitude para meses de maio em oito anos. Em 12 meses, a variação é de 9,32%, ligeiramente acima da registrada em abril. O grupo que mais pressionou o índice foi Habitação, com variação de 1,79% no mês e contribuição de 0,27 p.p. para a alta do IPCA. A principal causa do comportamento deste grupo em maio foi o impacto da extinção do programa de bonificação para a redução do consumo de água no estado de São Paulo sobre o item taxa de água e esgoto, que variou 10,37%. Além disso, houve reajuste das tarifas neste item em uma série de regiões metropolitanas do país, como Fortaleza, Belo Horizonte e até mesmo São Paulo. O grupo alimentação, que t

O relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (06) pelo Banco Central, consolidou uma trajetória de relativa melhora na variação do PIB em 2016. A mediana das projeções aumentou em 0,1 p.p., para -3,71%, no período de uma semana, sinalizando que uma reversão positiva das expectativas dos empresários e consumidores pode, gradualmente, abrir portas para uma recuperação antecipada da economia brasileira. A MB revisou sua projeção de crescimento do PIB de -4,1% para -3,3% Para 2017, também consolidou-se uma perspectiva relativamente melhor para o crescimento da economia. A mediana das projeções está, agora, em 0,85%, enquanto a MB projeta crescimento de 2,0%.

A produção industrial caiu 7,2% em abril, na comparação com igual período do ano anterior. No acumulado em 12 meses, a variação negativa foi de 9,6%, estabilizando-se em relação ao dado de março. Quando analisada pelo comportamento das grandes categorias econômicas, a produção de bens duráveis foi a que mais retraiu, com queda de 23,7%, seguida da produção de bens de capital, com -16,5%. A única grande categoria econômica com resultado positivo na comparação com o mesmo mês do ano anterior foi a de bens semi e não duráveis, com crescimento de 1,9%. A alta ociosidade de capital na indústria, aliada a uma melhora das expectativas dos empresários com o nível de demanda no futuro, fará com que a queda em 12 meses entre em uma trajetória ascendente nos próximos mese

O Produto Interno Bruto (PIB) variou -5,4% no 1º trimestre de 2016 na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Na margem, a queda foi de -0,3%. Ambas as comparações mostraram quedas inferiores àquelas projetadas, na mediana, pelo mercado e pela MB Associados, mostrando que uma recuperação da economia será facilitada nos trimestres adiante. Na comparação interanual, a maior queda pelo lado da oferta partiu da indústria, com recuo de 7,3%. Pela ótica da demanda, a maior queda partiu, sem grandes surpresas, da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que recuou 17,5% em relação ao 1º trimestre de 2015. O consumo das famílias, ainda na esteira dos resultados pela ótica da demanda, também caiu fortemente nesta comparação (-6,3%).

A taxa média de desemprego chegou a 11,2% no trimestre móvel encerrado em abril, de acordo com dados da PNAD Contínua. Este número é 3,2 p.p. maior do que o registrado no mesmo período de 2015, o que representa um acréscimo de mais de 3 milhões à população de desocupados em apenas um ano. Como era de se esperar, em virtude da redução do poder de barganha dos trabalhadores, o rendimento real habitualmente recebido caiu 3,3% em relação ao trimestre móvel encerrado em abril de 2015.

O IGP-M, índice de preços calculado pela FGV, variou 0,82% em maio, acelerando em relação ao mês anterior. No acumulado em 12 meses, a variação chega a 11,09%. Dentre os índices que integram o IGP-M, o que registrou a maior alta foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com variação de 0,98%. Contribuíram para este comportamento a variação de 0,38% dos bens intermediários e de 2,64% das matérias-primas brutas. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por sua vez, variou 0,65%, influenciado pelo desempenho do grupo Habitação, que saiu da condição deflacionária e variou 0,38% em maio. O Índice Nacional da Construção Civil (INCC), indicador de menor peso sobre o IGP-M, variou 0,19%.

    

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