O relatório Focus de mercado, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostrou um aumento da mediana das projeções para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 25 pontos-base, para 13,50% ao ano em 2016. A elevação reflete a interpretação de que o Banco Central será relativamente mais duro no combate à inflação acima do centro da meta. Paralelamente, houve manutenção das expectativas para a inflação oficial, medida pela variação do IPCA, em 7,21% em 2016 e uma redução de 5,29% para 5,20% das expectativas para o indicador em 2017. Seguindo a melhora dos indicadores antecedentes da atividade produtiva, os analistas revisaram as projeções de variação do PIB de -3,27% para -3,24%. As projeções para o déficit em transações correntes foram mantidas e

O estoque nominal de crédito no sistema financeiro brasileiro, que reúne dados de crédito livre e direcionado, retraiu 0,5% em junho, na comparação mensal, e se elevou em apenas 1% no acumulado em 12 meses, patamar bem abaixo da inflação, que acumulou variação de 8,8% no mesmo período. Dentro da carteira de recursos livres, o crédito para pessoas jurídicas foi a que mais encolheu no mês, com queda de 1,2. No caso das pessoas físicas, também houve queda, de 0,2%. A taxa média de juros aplicada aos recursos livres ficou em 52,2% ao ano, valor 8,9 p.p. acima do registrado em junho de 2015. A taxa de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) desta modalidade de crédito, por sua vez, diminuíram marginalmente no mês, apesar do patamar elevado, para 5,6%.

O Brasil registrou déficit em transações correntes de US$ 2,5 bilhões em junho. No acumulado em 12 meses, o déficit chegou a US$ 29,4 bilhões, equivalente a 1,67% do PIB. O balanço de serviços registrou déficit de US$ 3,6 bilhões, valor 5,5% acima do registrado em junho de 2015, refletindo recuos mais acentuados nas receitas do que nas despesas. O balanço de renda primária, que compila o saldo líquido das remessas de lucros, juros e dividendos ao exterior, também foi deficitário, em US$ 2,9 bilhões. No entanto, ao contrário da conta de serviços, houve redução de 23,3% do saldo negativo em relação ao mesmo período do ano anterior, em virtude das fortes reduções de lucros e dividendos remetidos para o exterior. Pela ótica da conta capital e financeira, os investimen

O relatório Focus de mercado aponta para uma inflação próxima a 7,2% em 2016, patamar um pouco abaixo da mediana calculada na semana passada, de 7,26%, e de 5,3% em 2017. O mercado considera que existe espaço para a Selic cair 100 pontos-base ainda neste ano, partindo de 14,25% para 13,25% a.a. Para 2017, o mercado projeta mais 225 pontos-base de queda, para 11,0% a.a. Junto disso, a perspectiva também é de valorização cambial para o ano, com o câmbio chegando a R$/US$ 3,34.

A prévia oficial da inflação de julho, o IPCA-15, registrou variação de 0,54%, acelerando em relação à leitura do mês anterior, de 0,40%. Este resultado, no entanto, foi suficiente para manter a variação no acumulado em 12 meses em trajetória descendente. O grupo alimentação e bebidas voltou a acelerar fortemente no mês, indo de 0,35% para 1,45%, e contribuiu majoritariamente para o crescimento médio do nível de preços. O item que mais pressionou este aumento foi o feijão-carioca, cujos preços cresceram 58,06% no mês. O grupo transportes voltou a registrar variações positivas, influenciado pela alta de 19,05% no preço das passagens aereas e reajustes nas tarifas de ônibus interestaduais e no preço dos combustíveis. A boa notícia, por sua vez, ficou com o grupo h

A segunda prévia do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) variou 0,32% em julho, revelando forte desaceleração dos preços em relação à leitura do mês anterior, de 1,33%, e à primeira prévia do indicador, que variou 0,55% neste mês. A principal influencia positiva veio da descompressão do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que variou 0,15%, muito abaixo dos 1,81% de junho. Determinante para a melhora do IPA foi o comportamento dos preços das matérias-primas brutas, principalmente das agrícolas. Os preços da soja e do milho em grãos, por exemplo, variaram -2,08% e -11,05% em julho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também veio melhor na comparação com o mês anterior, variando 0,29%. A desaceleração do crescimento dos preços do grupo Habitação, de

Caros clientes, excepcionalmente não teremos o Informe Semanal referente a semana de 11/7 a 15/7.

O IBC-Br, índice de atividade econômica do Banco Central que funciona como uma prévia do PIB, mostrou que houve uma retração da economia de 4,92% em maio, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A variação no mês contra o mês anterior apresentou uma variação de -0,58%, uma queda muito significativa quando consideramos o leve crescimento de 0,03% registrado em abril. Já o crescimento acumulado em 12 meses continuou acelerando a queda, que chegou a -5,49% na série livre de influências sazonais. A projeção da MB Associados para a variação do PIB neste ano é de -3,3%.

A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de maio, divulgada hoje (12) pelo IBGE, registrou uma queda de 6,5% no volume de vendas no varejo restrito, no acumulado em 12. Na mesma comparação, a retração para o varejo ampliado, que engloba as vendas de automóveis e de materiais de construção, se manteve em 9,7%, mostrando uma desaceleração da queda de atividade. O setor de Artigos farmacêuticos, médicos e perfumaria foi o único que apresentou crescimento positivo no acumulado do ano de 2016, de 1,3%. Já os setores que apresentaram os piores resultados neste mesma comparação foram os setores de Livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de 16,8%, e de Equipamentos de escritório, informática e comunicação, que registrou queda de 15,8%.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, registrou variação de 0,35% em junho, o menor valor observado para o índice desde agosto de 2015. O indicador acumulado em 12 meses foi o menor observado em mais de um ano, variando 8,84%. O grupo que registrou a maior alta no mês foi o de Saúde, com variação de 0,83%, enquanto o grupo de Alimentos foi o que teve a maior contribuição para a variação total do IPCA, de 0,18 pontos percentuais. O grupo de Alimentação também é o que registrou a maior variação no acumulado em 12 meses, voltando a subir para 12,81% em junho. O valor observado na variação do IPCA total no mês foi puxado para baixo em -0,10 p.p. por uma retração no índice do grupo de Transportes, que registrou variação de -0,53% no mês,

    

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