A China divulgou nesta quarta-feira dados relacionados às vendas no varejo, aos investimentos em ativos fixos e à produção industrial. Todos os indicadores vieram abaixo da mediana das expectativas de mercado, o que pode comprometer o ritmo esperado de crescimento do PIB para o primeiro trimestre do ano. Isso, apesar do esforço expansivo das políticas fiscal e monetária adotadas pelo governo no último ano, cujos resultados na economia ainda devem ser avaliados. Os indicadores divulgados hoje são reflexos importantes do nível de atividade no país, que mostra claros sinais de desaceleração. Na comparação anual, os indicadores cresceram, respectivamente, 10,7%, 13,9% e 6,8%.

O relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostrou nova deterioração das expectativas ligadas ao comportamento da inflação e do crescimento do PIB em 2015. A mediana das projeções para o aumento de preços está agora em 7,77%, ao passo que a mesma estatística para o PIB situa-se em -0,66%. Em ambos os casos, esta é a 10ª semana consecutiva em que o mercado aposta em uma piora dos indicadores. Em voga no momento, o nível da taxa de câmbio também foi alvo de reavaliação por parte do mercado. Para 2015, a mediana das estimativas é de R$/US$ 2,95.

O setor privado dos Estados Unidos registrou criação líquida de 212 mil vagas de trabalho em fevereiro. Apesar de abaixo da mediana das expectativas de mercado, que apontava geração de 219 mil postos, este é o 12º mês consecutivo de dados acima dos 200 mil. No mês, as empresas pequenas foram responsáveis pela maior parte das contratações, com 94 mil vagas preenchidas, seguida das empresas de médio e grande portes, com criação líquida de 63 e 56 mil postos, respectivamente. Além disso, houve revisão positiva de dados anteriores. Os dados de dezembro passaram de 253 para 275 mil, ao passo que os de janeiro foram reajustados de 213 para 250 mil postos.

A Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE, registrou taxa média de desemprego de 5,3% no Brasil em janeiro, na série livre de ajustes sazonais,  aumento de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao dado de janeiro de 2014 e de 1p.p. em comparação ao resultado de dezembro do ano passado. Na série com ajuste sazonal, a taxa de desemprego também foi de 5,3%, confirmando a tendência de deterioração do mercado de trabalho desde 2014. Das regiões metropolitanas analisadas, todas, com exceção de Recife, registraram aumento da taxa de desemprego na comparação interanual. Já o rendimento médio real da população ocupada cresceu 1,7

A variação da prévia do índice de inflação oficial, o IPCA-15, chegou a 1,33% em fevereiro. Esta foi a maior alta mensal em desde 2003. Em 12 meses, a inflação é de 7,36%, quase 1 ponto percentual (p.p.) acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Apesar da forte variação do item Educação no mês, com 5,98% e contribuição de 0,28 p.p. para a taxa de variação do índice, as categorias que mais contribuíram para o avanço do IPCA-15 foram Habitação e Transportes, com, respectivamente, 0,32 e 0,37 p.p. Juntas, as três categorias explicam quase 75% da alta mensal.   

O relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostrou nova deterioração das expectativas ligadas à inflação e ao crescimento do PIB em 2015. Tanto a mediana agregada quanto a mediana das projeções do Top 5 para o IPCA no final do ano se elevaram, respectivamente para 7,33% e 7,48%. As perspectivas para o crescimento do produto, por sua vez, foram de -0,42% para -0,5%, a oitava queda consecutiva do indicador.    

Dados da Pesquisa Mensal de Serviços de dezembro, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, mostraram crescimento de 4,2% e 6% da receita nominal, respectivamente nas comparações mensal e interanual. No entanto, quando deflacionada pelo IPCA de Serviços em 12 meses, a taxa de crescimento da receita no ano cai para -2,1%. Este é o décimo mês consecutivo em que o crescimento da renda real do setor em 12 meses é negativo. Dos setores abrangidos pela pesquisa, apenas Serviços Prestados à Família e Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares registraram crescimento real positivo no ano, de 0,8% e 0,2%.  

O Produto Interno Bruto da Zona do Euro cresceu 0,3% no 4º trimestre de 2014, de acordo com a Eurostat, órgão oficial de estatística europeu. O dado efetivo veio acima da mediana das projeções, de 0,2%, e traz certo refresco às expectativas de crescimento econômico na região. O aumento de renda disponível das famílias, derivado da queda dos preços da energia, a desvalorização do euro frente ao dólar e o pacote de injeção de liquidez (Quantative Easing) preparado pelo Banco Central Europeu formam a base das crenças de que 2015 será um ano de recuperação mais robusta.  Um fator que ainda preocupa, no entanto, é o fato de essa recupera&cce

Dados da produção industrial de dezembro na Europa mostraram estagnação na comparação com novembro. A variação veio abaixo do crescimento de 0,2% projetado pelo mercado. No acumulado em 12 meses, a tendência é parecida, tendo a produção recuado 0,2%  no período. O nível de atividade do setor industrial europeu está mais de 10% abaixo do que era em 2008. O mercado acredita que os preços baixos da energia no mundo e um euro mais desvalorizado em 2015 impulsionarão a economia europeia e contribuirão para que a região comece a se aproximar dos níveis de atividade pré-crise.

Dados dessazonalizados do comércio varejista, divulgados nesta quarta-feira pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, revelaram queda de 2,6% da atividade restrita e de 3,7% da ampliada, que inclui vendas de veículos e materiais de construção, em dezembro. Todos os segmentos de atividade registraram retração na base de comparação mensal, com destaque para o item Veículos e motos, partes e peças, com queda de 9,4% na margem. No acumulado em 12 meses, o varejo restrito cresceu 2,2%, ao passo que o ampliado retraiu 1,7%. 

    

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