A prévia do nível de atividade em dezembro divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Banco Central, o IBC-Br, mostrou retração de 0,26% em relação a novembro, na série livre de influências sazonais. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a série sem ajuste sazonal revelou queda de 1,82%, desacelerando na comparação com a variação negativa de meses anteriores. Este resultado fez com que a queda no acumulado em 12 meses também desacelerasse para -4,34%. Apesar de este indicador ser uma aproximação para o resultado oficial do PIB, há divergências significativas na magnitude das variações. a MB Associados acredita que a queda do nível de atividade, pela leitura do IBGE, será de 3,5% em 2016.

O volume de serviços transacionados em dezembro de 2016 subiu 0,6% em relação a novembro, na série livre de influências sazonais. Na comparação interanual, houve aceleração da queda, de 4,6% para 5,7%. No acumulado em 12 meses, a variação manteve-se em -5,0%, fechando o ano com a maior queda da série histórica, que teve início de 2012. O grupo que registrou a maior queda no ano foi de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com retração de 7,6%, ao passo que a menor foi registrada pelo grupo Outros serviços, cuja principal rubrica são as atividades turísticas. Os serviços prestados à família também mostram forte retração no ano, de 4,4%, causado majoritariamente pela redução do volume de serviços de alojamento e alimentação.

O volume de vendas no varejo recuou 2,0% na comparação entre dezembro e novembro de 2016, na série livre de influências sazonais, o que levou o indicador de médias móveis trimestrais de -0,1% para -0,5%. Na comparação interanual, a queda foi ainda mais forte, de 4,9%. No entanto, esta foi inferior à média das quedas registradas nesta base de comparação no ano, o que fez com que a variação acumulada em 12 meses desacelerasse de 6,5% para 6,2%. Todos os setores registraram queda do volume de vendas em 2016. A menor queda foi registrada pelo setor farmacêutico, com variação de -2,1%, seguido pelo setor supermercadista, que contabilizou queda de 3,1%. Na ponto oposta, as vendas de livros, jornais, revistas e papelaria foram as que mais caíram, perto de 16%, considerando, incl

O Relatório Focus de mercado mostrou nova redução da mediana das expectativas de inflação para o ano, de 4,64% para 4,47%, e manutenção das projeções para 2018, em 4,5%, centro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Não apenas o IPCA, mas o IGP-DI e o IGP-M também registraram queda, respectivamente para 4,83% e 5,00%.A expectativa de crescimento da economia sofreu leve revés, de 0,49% para 0,48%, ao passo que, para 2018, as projeções melhoraram, de 2,25% para 2,30%. Simultaneamente, o mercado espera uma taxa de câmbio relativamente mais apreciada (em relação à última pesquisa) para o fim de 2017, assim como para 2018, em R$/US$ 3,36 e R$/US$ 3,49, respectivamente.

O IPCA variou 0,38% em janeiro, de acordo com dados do IBGE, desacelerando fortemente em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta é a menor taxa para meses de janeiro em 23 anos, o que fez com que a variação do IPCA em 12 meses chegasse a 5,35%. Na passagem de dezembro para janeiro, houve aumento da variação na maior parte dos grupos que compõem o índice. Apesar da variação muito mais baixa do que aquela contabilizada em janeiro de 2016, o grupo Alimentação e Bebidas mostrou aceleração na margem, de 0,08% para 0,35%, influenciada mais pelo aumento dos preços da alimentação fora do domicílio do que dentro do domicílio. O grupo Habitação também acelerou entre o fim do ano passado e janeiro deste ano, mostrando a maior contribuição para a mudança da taxa neste

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,43% em janeiro, mostrando desaceleração tanto em relação a dezembro (0,83%) quanto na comparação com janeiro do ano passado (1,53%). O Índice Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi o que mais contribuiu para a redução no ritmo de crescimento dos preços. Na abertura deste subíndice por estágios de produção, os Bens Finais mostraram redução de 0,61% nos preços, influenciados pela dinâmica favorável dos alimentos in natura, cujos preços registraram deflação de 7,35% no mês. Os preços das Matérias-Primas Brutas também registram forte desaceleração no mês, de 2,08% para 0,24%: os preços de minério de ferro, soja em grão e aves foram os principais determinantes para o resultado. O Índice de Pre

O Relatório Focus de Mercado, divulgado nesta segunda-feira (06) pelo Banco Central, mostrou novo recuo das projeções para a inflação do ano, de 4,70% para 4,64%, ao passo que as expectativas ligadas à inflação de 2018 permanecem ancoradas em 4,5%, meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No tocante ao crescimento da economia, o mercado prevê alta de 0,49% na produção em 2017 e 2,25% em 2018. Outras variáveis importantes como Selic e câmbio fim de período foram mantidas no mesmo nível da pesquisa anterior para 2017 e 2018, respectivamente 9,50% e 9,00%, no primeiro caso, e R$/US$ 3,40 e R$/US$ 3,50, no segundo.

A produção industrial cresceu 2,3% em dezembro, na série com ajuste sazonal, acumulando uma queda de 6,6% em 2016. Na comparação interanual, houve queda de 0,1%. Por grandes categorias econômicas, os segmentos que mostraram maior crescimento foram os de bens duráveis (com destaque para a produção de veículos), com alta de 6,5% no mês, e de 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, e de bens de capital, com variação de 17,3% em relação a dezembro de 2015. Apesar de ainda ruins, os dados da produção industrial mostram que as quedas no setor industrial estão perdendo cada vez mais força. A projeção da MB para o ano é de crescimento de 1,1%.

O Setor Público registrou um déficit primário de R$ 70,7 bilhões em dezembro, sendo a maior parte deste ligado ao desempenho do governo central. No acumulado do ano, o déficit chegou a R$ 155,8 bilhões, o equivalente a 2,5% do PIB, valor superior ao contabilizado em 2015 e linha com as previsões da MB. No caso do resultado nominal do Setor Público consolidado, houve melhora. O déficit nominal, conta em que se inclui o juros pagos sobre a dívida pública, atingiu 8,93% do PIB em 2016, valor inferior ao contabilizado em 2015, de 10,22% do PIB. A redução aconteceu por conta do nível menor de juros apropriados em 2016, decorrentes dos ganhos do Banco Central com as operações de swap cambial. Com os resultados de 2016, a dívida bruta em relação ao PIB atingiu 69,5% e a dívida

A média móvel da taxa de desemprego chegou a 12,0% em dezembro, de acordo com os dados da PNAD Contínua. Em 2016, a média da taxa de desemprego foi de 11,5%, três pontos percentuais acima da média em 2015, refletindo ainda o baixo e cadente nível de atividade econômica no país. Ao longo do ano, uma série de forças empurrou a taxa de desemprego para cima, sendo as principais: (i) um forte aumento da População Economicamente Ativa (PEA) no 1º trimestre do ano, fruto da chegada de novas pessoas ao mercado de trabalho com o intuito de complementar a renda real do núcleo familiar; (ii) diminuição rápida no nível de ocupados da categoria “conta-própria”, uma condição de trabalho que ajudou a reduzir a velocidade do aumento do desemprego ao longo dos últimos dois anos.

    

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