Dados de varejo, produção industrial e investimentos em ativos fixos foram divulgados nesta quarta-feira pelo governo chinês e mostraram desaceleração dos indicadores na comparação interanual. Nesta base comparativa, as taxas de variação em julho foram respectivamente de 12,2%, 9% e 17%, sinalizando a necessidade de possíveis estímulos econômicos adicionais para que a meta institucional de crescimento do PIB em 2014, de 7,5%, seja atingida.

Informações sobre o índice de preços ao consumidor em países da Europa mostraram diminuição ou crescimento parco dos preços na região. No acumulado em 12 meses, a Espanha registrou queda de 0,3% nos preços, ao passo que França e Alemanha registraram avanços de 0,5% e 0,8% em julho. Com a taxa de juros na Zona do Euro em nível historicamente baixo, os resultados pressionam o BCE por medidas mais eficazes no âmbito de política monetária.

A inadimplência do consumidor cresceu 4% em julho em relação a junho, segundo dados do Serasa Experian e, na comparação com julho de 2013, houve 11% de crescimento. No entanto, no acumulado do ano o aumento foi de 0,6%. Com relação a julho de 2013, a maior alta foi na inadimplência de dívidas em atraso junto a financeiras e carões de crédito (26%), seguida por protestos (6,2%) e atrasos junto aos bancos (0,7%).

Na Alemanha, o índice de expectativas ZEW sinalizou pessimismo mais intenso de investidores com relação à economia da região e à situação política no leste europeu nos próximos 6 meses. Em agosto, o indicador despencou de 27,1 para 8,6 pontos, o menor patamar desde 2012. Além disso, tal nível é muito inferior à média histórica do índice, de 23,3 pontos, e ficou aquém da mediana das expectativas de mercado para o mês, de 17 pontos.

A balança comercial obteve déficit de US$ 336 milhões entre os dias 1º e 10 de agosto, com as exportações somando US$ 5,455 bilhões e as importações chegando a US$ 5,791 bilhões. A média diária das exportações foi 6,6% menor que a registrada em agosto de 2013, devido às quedas nas vendas de produtos manufaturados (-21%) e semimanufaturados (-8,8%).  No acumulado do ano, o saldo da balança comercial está deficitário em US$ 1,255 bilhão, menor que os US$ 4,381 bilhões de déficit no mesmo período de 2013.

O Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostrou mais uma retração das expectativas ligadas ao crescimento do PIB em 2014. Agora, após a décima primeira queda consecutiva, a mediana das projeções agregadas é de 0,81%. Foi revista, também, a taxa de crescimento da economia para 2015, de 1,5% para 1,2%. Apesar de próxima ao teto da meta, a perspectiva para a inflação em 2014 também seguiu tendência de queda, desta vez para 6,27%, acompanhando as expectativas de contínua deterioração do ritmo de atividade econômica no ano. 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE, variou 0,01% em julho e 6,5% no acumulado em 12 meses. Apesar de abaixo das estimativas de mercado, cujo piso era de 0,03%, e da desaceleração nesta última base comparativa, até então em 6,52%, o indicador permanece no teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano. A variação do preço de itens como passagens aéreas e estadias em hotéis determinou, em grande medida, a desaceleração do índice, com deflação respectiva de 26,86% e 7,65% no mês.  

O IGP-DI, divulgado nesta quinta-feira pela FGV, variou -0,55% em julho. Esta é a terceira variação negativa em seguida registrada pelo indicador. Em 12 meses, o indicador acumula variação de 5,05%. Apesar de menos intenso quando comparado a junho, o IPA, índice de preços ao produtor amplo, manteve-se em terreno negativo, com variação de -1,01% no mês – determinando em grande parte pelo comportamento dos preços dos alimentos in natura (-6,65% em julho), ao passo que o IPC, índice de preços ao consumidor, registrou desaceleração: de 0,33%, em junho, passou para 0,10%. O núcleo do IPC também seguiu esta tendência: de 0,53% para 0,41%. Em contrapartida - poré

Segundo dados da Anfavea, a produção de veículos caiu 20,5% em julho comparado a julho de 2013. No entanto, houve crescimento de 17% na comparação com junho. No acumulado do primeiro semestre a produção caiu 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em junho, os pedidos de fábrica na Alemanha tiveram a maior redução desde 2011. O dado variou -3,2% em relação a maio, bem abaixo das estimativas de mercado, que projetavam crescimento de 0,9%. No ano, as perdas chegam a 2,4%. Os dados ruins de atividade na Zona do Euro chegam às vésperas de mais uma decisão sobre o nível da taxa de juros pelo BCE. Hoje, a meta para a taxa básica está em 0,15% ao ano.

    

COMPARTILHE

face link