Dados da dinâmica do mercado de trabalho nos setores público e privado dos Estados Unidos mostraram resultados aquém dos esperados pelo mercado em agosto. O saldo de contratações no mês foi de 142 mil postos, ao passo que a mediana das expectativas apontava para a criação de 242 mil vagas. A taxa de desemprego manteve-se estável em 6,1%,especialmente por conta da saída de trabalhadores da força de trabalho.

Foram divulgados nesta sexta-feira dois importantes indicadores de inflação no Brasil, o IGP-DI, calculado pela FGV, e o IPCA, pelo IBGE.  O IGP-DI registrou a primeira elevação média dos preços na economia, de 0,06%, após três meses consecutivos de deflação; já o IPCA voltou a acelerar, chegando a 0,25%, depois de atingir a menor variação mensal do ano em julho, quando cresceu 0,01%. Ambos os indicadores referem-se ao comportamento dos preços em agosto. 

O Banco Central Europeu (BCE) cortou, de forma surpreendente, a taxa básica de juros na região para 0,05%, em mais uma tentativa de ancorar as expectativas dos agentes econômicos quanto aos esforços da autoridade monetária no combate ao cenário deflacionário que contamina a Zona do Euro.  Como reação ao anúncio, o euro se desvalorizou ainda mais em relação ao dólar, chegando a US$1,30, patamar ao qual não chega há um ano. O BCE pode, ainda, preparar novos pacotes de estímulos monetários à economia, como um programa de compra de títulos lastreados em ativos; ou seja, um Quantative Easing (QE) aos moldes do praticado pelo FED quando da eclosão da cri

A produção de veículos caiu 22,4% em agosto em comparação com agosto de 2013, enquanto, em relação a junho, que por causa da Copa do Mundo teve menos dias úteis, cresceu 5,3%. A venda de veículos também retraiu em relação a agosto de 2013, foram 17,2%. Os estoques das fábricas e concessionários somados chegam a 42 dias, 385700 unidades.

Segundo a CNI, a indústria cresceu moderadamente em julho após quatro meses de retração. A utilização da capacidade instalada aumentou 0,6%, chegando a 81%, ainda menor que os 82,4% de julho de 2013. As horas trabalhadas também cresceram 2,6% de junho a julho, mas ainda foi 2,3% menor que em julho de 2013.

Nos Estados Unidos, os pedidos de fábrica subiram 10,5% em julho, a maior variação mensal já registrada na série histórica, que se iniciou há mais de 20 anos. As encomendas de bens duráveis foram as que mais cresceram, tendo registrado crescimento de 22,6% na comparação mensal.

As estimativas para o índice composto de gerentes de compras chegou a 52,8 pontos em agosto na Zona do Euro. O indicador leva em consideração dados dos setores de manufatura e serviços. Esta é a pior previsão desde dezembro de 2013, apesar de o dado ainda indicar expansão no nível geral de atividade econômica na região.

Em agosto, o índice de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) chegou a 59 pontos em agosto nos Estados Unidos, valor acima do previsto pelo mercado e o maior desde 2011. O setor manufatureiro da economia conduziu o aumento do indicador, por meio de um fortalecimento nos pedidos de fáaacute;brica, que têm refletido a retomada dos investimentos das empresas em novas plantas e equipamentos, principalmente na divisão automobilística.  

As exportações alcançaram US$ 20,465 bilhões no mês de agosto e as importações US$ 19,297 bilhões. O saldo de US$ 1,168 bilhão de superávit foi o mais baixo para o mês de agosto desde 2001. Pela média diária as exportações cresceram 0,1% em relação a agosto de 2013, resultado de um crescimento de 3,8% na exportação de manufaturados e de uma retração de 1,8% de semimanufaturados e 3,3% de básicos. As importações cresceram 0,1% em relação a gosto de 2013. No ano, a balança comercial acumula um superávit de US$ 249 milhões.

O Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, refletiu mais uma vez o pessimismo do mercado com relação à dinâmica do crescimento econômico em 2014. Após a divulgação, na semana passada, do resultado negativo do PIB no 2 trimestre, as projeções para o agregado no ano foram revistas de 0,7% para 0,52%. Mesmo com o baixo crescimento à vista, o mercado manteve a projeção de inflação medida pelo IPCA para 2014 inalterada em 6,27%. Para 2015, o índice de preços oficial foi revisto para cima, de 6,28% para 6,29%, enquanto a estimativa para o crescimento do PIB caiu de 1,2% para 1,1%.

    

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