O PIB cresceu 0,1% no terceiro trimestre comparado ao segundo trimestre, saindo da chamada recessão técnica. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 0,2%. A indústria cresceu 1,7% em relação ao trimestre passado, os serviços 0,5% e a agropecuária caiu 1,9%. Do lado da demanda, o consumo das famílias caiu 0,3%, o consumo do governo cresceu 1,3% e a formação bruta de capital fixo cresceu 1,3%.

O setor público registrou superávit primário de R$3,7 bilhões em outubro, composto por R$4,9 bilhões de superávit do Governo Central, e déficits de R$741 milhões e R$434 milhões dos governos regionais e empresas estatais. No ano, o resultado primário tem déficit de R$11,6 bilhões, contra um superávit de R$51,2 bilhões acumulado no mesmo período do ano passado. Em doze meses, o superávit primário atingiu 0,56% do PIB. A dívida líquida do setor público chegou a 36,1% do PIB, 0,14% de aumento em relação ao mês anterior. 

O Governo Central registrou superávit primário de R$ 4,101 bilhões em outubro, o menor resultado para o mês desde 2002, mas uma melhora contra o déficit de R$ 20,4 bilhões em setembro. O resultado de outubro foi resultado de um superávit de R$ 6,9 bilhões do Tesouro Nacional, um déficit de R$ 2,9 bilhões da Previdência Social e um superávit de R$ 111,2 milhões do Banco Central. As receitas do Governo Central de outubro aumentaram 15,8% de setembro para outubro e os gastos se reduziram em 10,8% no mesmo período.

O estoque de crédito do sistema financeiro cresceu 0,8% em outubro em relação a outubro de 2013, alcançando R$2.926 bilhões. A relação crédito/PIB chegou a 57,3%, superando os 54,7% de outubro de 2013. A inadimplência das operações de crédito com atraso superior a 90 dias caiu 0,1% no mês e 0,3% em doze meses, resultando em 2,9%. A inadimplência em créditos às famílias ficou estável em 4,2% enquanto para pessoas jurídicas caiu 0,1% e se situou em 1,9%.

A arrecadação de impostos em outubro totalizou R$ 106,215 bilhões, uma queda real de 1,3% em relação a outubro de 2013, mesmo com R$ 1,666 bilhão pagos ao Refis no mês. No acumulado de janeiro a outubro, com relação ao mesmo período de 2013, a arrecadação cresceu 0,45% e soma R$ 968,725 bilhões. A Receita Federal diminuiu a expectativa de crescimento real da arrecadação no ano de 1% para zero.

A economia dos EUA continua superou as expectativas do mercado (3,3%). A primeira revisão do terceiro trimestre do PIB mostrou que a economia dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 3,9% durante o trimestre. Os estoques diminuíram menos do que o estimado na primeira leitura, ao mesmo tempo em que os gastos pessoais e o investimento fixo não residencial aumentaram.

A taxa de desocupação de outubro foi de 4,7%, queda de 0,5% em relação a outubro de 2013 e menor valor para meses de outubro desde o começo da série, em 2002. A PEA teve aumento de 0,6% em outubro com relação a setembro, que foi todo absorvido pelo crescimento de 0,8% no número de empregados no mesmo período. Em relação a outubro de 2013, a PEA caiu 0,5% e o número de empregados permaneceu estável. O rendimento médio real do trabalhador aumentou 2,3% sobre setembro e 4% em comparação com outubro de 2013.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) atingiu 44,8 pontos em novembro, o valor mais baixo desde o começo da série histórica em 1999. É o oitavo mês consecutivo em que o índice se encontra abaixo dos 50 pontos, linha divisória entre confiança e falta de confiança. Entre os segmentos da indústria, a indústria de transformação registrou 44,3 pontos, a indústria extrativa 44,6 pontos e a indústria da construção 45 pontos.

A Pesquisa Mensal de Serviços mostrou um aumento de 6,4% na receita nominal dos serviços em setembro com relação a setembro de 2013. O maior crescimento veio de Serviços profissionais, administrativos e complementares (11,1%), seguido de Outros serviços (9,0%), Serviços prestados às famílias (7,7%), Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (6,5%) e Serviços de informação e comunicação (2,7%). No ano, a crescimento acumulado é de 6,6%.

A demanda do consumidor por crédito aumentou 2,8% em outubro em relação ao mês anterior e 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, no acumulado do ano houve queda de 2,5%. Em outubro em relação a setembro, houve aumento da demanda por crédito em todas as faixas de renda e o Sudeste obteve a maior alta (4,5%).  Já a inadimplência do consumidor caiu 1% em outubro em comparação com setembro, mas cresceu 14,2% em relação ao mesmo período de 2013 e 5,1% no acumulado do ano, segundo dados da Serasa Experian.

    

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