As notas de crédito divulgadas nesta quinta-feira (27/02) pelo Banco Central mostraram a estabilidade dos indicadores de inadimplência de pessoa física em operações de crédito. A taxa, que se refere à inadimplência acima de 90 dias para o consolidado de operações de cheque especial, aquisição de bens e crédito pessoal, caiu de 6,7%, em dezembro, para 6,6% em janeiro de 2014. No mês de referência, este mesmo item ficou em 3,2% na categoria pessoa jurídica.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (26/02), elevar a meta da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, de 10,5% para 10,75% ao ano. O ajuste veio em linha com as projeções de mercado. Com a decisão, o Banco Central sinaliza o fim de um longo ciclo de aperto monetário, que, no entanto, poderá ser retomado após o período eleitoral, em virtude das perspectivas de inflação alta (perto do teto da meta, de 6,5%) no último trimestre do ano.

O PIB divulgado hoje pelo IBGE cresceu 2,3% em 2013 (0,7% no 4º trimestre), na sequência de uma expansão de 1% em 2012. Esse desempenho ficou um pouco acima do esperado, mas não muda a trajetória de desaceleração da economia para o próximo ano. Em relação aos setores, a agropecuária teve destaque com um crescimento de 7%, seguido pelos serviços (2%) e a indústria (1,3%). 

O balanço da Petrobrás, publicado na noite desta terça-feira (25/02), revelou prejuízo de 19% na comparação entre o 4º trimestre de 2013 e o mesmo período do ano anterior. A situação para a estatal ainda é delicada, devido aos planos de investimentos elevados projetados para os próximos 4 anos, de US$ 220 bilhões; à queda de produtividade em bacias importantes, como a de Campos; e a um resultado anual positivo que se deveu, também, à venda de ativos – em vez de a ganhos de eficiência operacional. 

Os dados divulgados nesta quarta-feira (26/02) em relação às vendas de casas novas nos Estados Unidos deram início ao que parece ser uma nova e mais sólida tendência de recuperação do mercado imobiliário, visto que o aumento da taxa de juros de longo prazo no país já foi incorporado ao setor. O crescimento das vendas foi de 9,6%, na comparação entre dezembro e o mês imediatamente anterior, superando as expectativas do mercado, que acenava para queda de 3,4%. 

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) para o mês de fevereiro foi de 98,5 pontos, comparado com janeiro (99,5) houve uma queda de 1%. Com esse resultado, o índice ficou abaixo da média histórica pelo 11º mês consecutivo. O Índice da Situação Atual (ISA) apresentou queda de 1,3% enquanto o Índice de Expectativas declinou 0,7%, isso mostra que a queda geral do índice decorre de uma piora tanto das avaliações sobre o presente quanto das expectativas em relação aos meses seguintes.

A arrecadação de tributos do Governo Federal do mês de janeiro desse ano foi de R$ 123,667 bilhões, um recorde. Comparado com o mesmo mês de 2013, houve um aumento real de 0,91%. As receitas administradas pelo governo foram de R$ 117,136 bilhões em janeiro e também apresentou uma alta real de 0,91% comparada com janeiro do ano passado. Já a receita própria de outros órgãos federais totalizou R$ 6,531 bilhões, crescimento real de 0,89% na comparação com o mesmo mês de 2013. 

Duas das principais pesquisas relacionadas ao sentimento da população com relação ao desempenho do governo federal e ao cenário eleitoral foram divulgadas nesta segunda-feira (24/02). Foram elas Ibope e Data Folha. A primeira apontou queda de 4 pontos na avaliação positiva da gestão de Dilma Rousseff, enquanto a segunda, em linha com a anterior, mostrou aumento (de 17% para 21%) no número de pessoas que considera ruim ou péssima a condução do governo pela atual presidente. Um dos dados curiosos da pesquisa realizada pelo Data Folha é a queda do número de pessoas que aprova a chegada da Copa do Mundo ao Brasil. Em 2008, 79% dos entrevistados eram a favor do evento; hoje, apenas 52%.

O Boletim Focus dessa semana apresentou uma alta nas projeções de inflação para esse ano, ao mesmo tempo em que reduziram a expectativa para o crescimento da economia. A mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014 passou de 5,93% para 6%, segunda alta consecutiva. Já a mediana das estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano foi reduzida pela terceira semana consecutiva, de 1,79% para 1,67%.

O IPCA-15 divulgado hoje pelo IBGE apresentou alta de 0,70%, um patamar um pouco acima do esperado pelo mercado (0,67%). A principal contribuição verificada foi no grupo Educação (6,05%). Por outro lado o grupo de Transporte contribuiu negativamente em função da queda nas passagens aéreas. A média dos núcleos ficou em 0,69%, o maior patamar desde janeiro de 2013. Chama atenção a redução da diferença entre o acumulado de doze meses dos preços livres (6,39%) e dos administrados (3,24%).

    

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