A Confederação Nacional das Indústrias divulgou a Utilização de Capacidade Instalada (UCI) de dezembro de 2013. Acompanhando o mal resultado da indústria, a UCI caiu para 81,4% na série com ajuste sazonal, de 81,9% em novembro. A média anual ficou em 82,3%, um pouco mais que em 2012, que ficou em 82,1%.

Eduardo Campos lançou ontem as diretrizes de governo firmadas com a ex-senadora Marina Silva. Educação como prioridade. Alguns pontos do discurso: falta liderança no país, não tem sentido política distributivista sem aumento de qualificação da população e muita promessa para pouco resultado. Falta gestão. Bem no dia de um apagão...

No ano de 2013, a produção industrial obteve expansão de 1,2%. Enquanto o primeiro semestre teve crescimento de 2,1% o segundo cresceu apenas 0,3%, nas comparações contra o mesmo período do ano anterior. Entre as categorias de uso, o destaque foi para os bens de capital que cresceu 13,3%. As outras categorias não foram tão expressivas, ficando com o crescimento próximo a zero. 

O IBGE divulgou hoje a produção industrial de dezembro de 2013 que registrou queda de 3,5% contra o mês de novembro. Este resultado negativo surpreendeu grande parte do mercado, que não esperavam uma retração tão forte. Este recuo foi generalizado, pois atingiu todas as categorias de uso e 22 dos 27 setores pesquisados. 

O mundo está prestes a ver uma tempestade perfeita? Emergentes sofrendo com a menor liquidez global, Europa com risco de deflação, China ameaçando crescer menos e EUA mostrando dados abaixo da expectativa. Combinação perfeita para uma venda generalizada de ativos que estamos observando. 

No STF serão destaques o julgamento dos planos econômicos – Bresser (1987), Verão (1989), Collor I (1990) e Collor II (1991), no quesito remuneração das Cadernetas de Poupança, em andamento desde final do ano passado, além do Mensalão.

Nesta semana reiniciam-se as atividades do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Será um ano curto em função dos eventos esportivos e a agenda, de cada Poder, será adaptada a esta contingência. Na Câmara dos Deputados terá destaque a votação do C&oacutoacute;digo da Mineração (PL nº 37/2011) e do Marco Civil da Internet (PL nº 2.126/2013). No Senado Federal, a prioridade será o projeto  da renegociação das dívidas públicas de estados e municípios (PLC nº 99/2013). Todas estas matérias não são consensuais e serão um teste à base de apoio do governo em ano eleitoral.

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Os preços de energia desta semana no mercado livre atingiram o valor de 822,23 R$/MWh, o patamar mais elevado da série. Os preços vinham de uma alta constante desde o começo do ano (na semana do dia 04/01 o preço médio era de 270,82 R$/MWh), problema que foi agravado pelo calor intenso na região Sul e Sudeste do país. Apesar de esses preços serem voláteis, podemos esperar um impacto na cadeia produtiva, tanto do lado do produtor quanto do lado do consumidor. 

Hoje foi divulgada a estimativa do IPC Europeu para o primeiro mês do ano, nada muito animador e abaixo da expectativa do mercado (0,9%). No 12 meses o índice geral de preços subiu 0,7%, repetindo o menor nível dos últimos anos, mostrando que a recuperação ainda é bem lenta. Na mesma esteira veio a taxa de desemprego, que apesar de estável em 12%, apresenta uma resistência nesse patamar, muito em razão da fraca atividade e absorção do mercado. Como exemplo, tivemos também um resultado fraco de vendas de varejo na Alemanha em janeiro (queda de 2,5% na comparação com dezembro) e diminuição irrisória da taxa de desemprego italiana, que fechou 2013 em 12,7%.

O resultado fiscal do setor público atingiu R$ 91,3 bilhões neste ano de 2013, o que representa 1,9% do PIB. Em 2012, esse superávit foi de R$ 105 bilhões, representando 2,39% do PIB. A LDO para 2013 tinha como meta um primário de R$ 155,841 bilhões. O resultado nominal, que inclui pagamentos de juros, foi deficitário no ano, alcançando R$ 157,6 bilhões (3,28% do PIB), pior resultado em relação ao PIB desde 2010.

    

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