Hoje pela manhã, foi divulgada a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada semana passada, na qual o comitê decidiu reduzir a taxa Selic em 0,25 p.p., que atingiu a sua mínima histórica (4,25% a.a.).

O balanço de riscos analisado pelos membros do comitê seguiu praticamente inalterado: o alto nível de capacidade ociosa - sinalizado pela reversão parcial do choque de preços de proteínas no início deste ano - pode levar a inflação à níveis mais baixos do que o esperado. Por outro lado, a inflação pode apresentar níveis mais altos devido ao efeito defasado do processo de estímulo monetário intensificado em julho de 2019. Aqui, a influência positiva pode ser potencializada pelas transformações no mercado de crédito e capitais.

No documento as projeções de inflação apuradas pela pesquisa Focus, levando em conta o cenário híbrido que considera a trajetória de juros da pesquisa, e a taxa de câmbio constante em R$ 4,25/US$, as projeções de inflação se encontram abaixo da meta em 2020 e próximas à meta em 2021 (3,5% e 3,75%, respectivamente).

Os membros do Copom discutiram ainda que o impacto do coronavírus na condução da política monetária irá depender da intensidade da desaceleração global e dos efeitos desta sobre os preços das commodities e taxas câmbio, em caso de uma eventual intensificação ou prolongamento do surto.

Na ata, o Comitê considerou como “adequada” a interrupção do ciclo de corte de taxas de juros, a depender da evolução da atividade econômica.

    

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